29 de out. de 2009

Noturno

Era um terreno baldio, era noite.
Alguém acendeu a sala da casa próxima
e conciso, o clarão veio surpreender uma égua que aleitava sua cria.
O ouro da lâmpada
No verde de humildes arbustos,
Nos flancos brilhantes,
O silencioso latejar do sangue
à mercê das sombras e da luz.

José Paulo Moreira da Fonseca
em A tempestade e outros poemas de 1956




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