24 de fev. de 2009

Chico Xavier e a Mentira Piedosa


Este é um comentário ao artigo publicado no blog Obras Psicografadas, que trata, de forma apenas provocativa (pois não é uma tese de doutorado, pois bem!), de saber se Chico Xavier era uma mentiroso ou um mentiroso genial. 
Minha opinião segue abaixo:


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Eu não devia me meter mais nessa discussão, mas nunca se deve ser soberbo a ponto de negar o exercício do argumento, mesmo que seja de forma tão superficial como agora.
Além disso, sou teimoso, assim como o Vitor (editor do blog), que não quer admitir que só existem dois caminhos para investigar Chico Xavier (CX): 


1-  Ou ele era um Gênio, e, portanto, tudo que fez foi MENTIRA ou "impostura" - tese, aliás, a que o Vitor se filia, sem admiti-lo. 


2- Ou ele era um sujeito comum (ressalvada a potencialidade mediúnica) e, portanto, tudo que fez era VERDADE, e, então, há sobrevivência, (embora essa comprovação não resolva grande coisa, como tentarei elucidar mais adiante...) 


Quando o Vitor tenta qualificar o Chico de impostor, o faz pensando na primeira hipótese, muito bem. Ele tem toda liberdade intelectual para fazê-lo. 


O que Vitor NÃO PODE, sob o risco de se tornar SIMPLÓRIO, ou cair na superficialidade, é chamar Chico de impostor medíocre


Eu quero argumentar ( ou IMPOR?), aqui, o entendimento de que não se pode chamar de MEDÍOCRE uma pessoa que produziu mais de 400 obras, grande parte das quais com evidente mérito literário - além de continuar a dar trabalho para quantos lhe investiguem a "falsidade" ou a "qualidade psi".


Ora, os romances psicografados por CX são perfeitos do ponto de vista da estrutura narrativa e só os grandes escritores conseguem fazer um romance perfeito. Ou seja, os romances de CX estão no nível de Josué Montelo, por exemplo, e não no nível de Diogo Mainardi, v.g., cuja intelegência brilhante é indiscutível, assim como a mediocridade dos escritos.


Embora eu esteja com preguiça de encompridar o raciocínio, espero que fique evidente para todos que Chico Xavier era um gênio, do ponto de vista da primeira hipótese acima.




Não se trata de classificá-lo apenas como sujeito extraordinário, excepcional, como o fazem os pesquisadores psi. Isso seria reduzi-lo a uma dimensão puramente  acadêmica. 


A dimensão de Chico vai além do científico. Se desejam investigá-lo devem ter claro tudo que ele foi e tudo que ele representa para milhões de pessoas até hoje.


Queria alimentar a discussão do blog do Vitor com esses fundamentos.


Queria deixar registrado, também, minha simpatia pela segunda hipótese (sou um romântico e adoraria que a tese da sobrevivência da alma prevalecesse sobre o nada). Isso influe meu raciocínio? Sem dúvida, mas espero ter sido coerente.


Bem, para finalizar, queria esclarecer que, mesmo que a tese da sobrevivência prevaleça, nada fica resolvido (a fome, o ódio, o egoísmo...).  Apenas tudo fica mais complexo - com uma dimensão a mais para mantermos contato. E nem todos estão preparados para isso.





P.S.
Como sugestão, até mesmo para os leitores do blog do Vitor, informo que existe um excelente material de pesquisa, inclusive com as chamadas mensagens psicografadas de CX, chamado 




que está na 8ªedição e, segundo o desenvolvedor, 


 é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato HIPERTEXTO. 
Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital on-line, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa.