1 de mar. de 2009

A Cópula de Bandeira

A Cópula
Manuel Bandeira



Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme tungescente.

Ela toma-o na boa e morde-o. Incontinente.
Não pode ele conter-se e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - 'Eu morro! Ai, não queres que eu morra?'
grita para o rapaz que aceso como o diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona a dentro o mangalho até o cabo.