28 de jan. de 2009

A parábola da ovelha desgarrada


(Lucas, capítulo 13º, versículos 3 a 7)

Nos campos da Palestina, a terra onde Jesus nasceu, havia um homem que tinha cem ovelhas.
Era um pastor, pois ele mesmo as apascentava.
Com muito cuidado e bondade levava suas ove­lhinhas aos lindos campos, onde havia bom pasto para elas. Levava-as também às fontes, onde elas encontravam água fresca e limpa.
O pastor era muito carinhoso e bom, e suas ove­lhas o seguiam confiantes.
Um dia, uma ovelhinha fugiu do rebanho. Que teria pensado ela, para assim abandonar o pastor e suas irmãzinhas?
Certamente pensou que, além daqueles pastos onde vivia, havia pastagem melhor e mais rica. Pobrezinha! Não pensou nos perigos que poderia enfrentar longe do seu pastor. Não pensou que po­deria encontrar, numa noite qualquer, sozinha, al­gum lobo ou alguma hiena que a devorasse. Não, a ovelhinha não pensou nos perigos... Pensou que era melhor ser sozinha, ser livre, correr pelos campos e pelas pastagens, solta, sem a vigilância de seu dono e sem a companhia de suas irmãs. E fugiu...
Correu muito, para livrar-se do pastor e para não ser vista pelas companheiras...
Mesmo assim, o pastor, que cuidava de suas cem ovelhinhas, sentiu a falta da fugitiva. No aprisco ele contou, logo na manhã seguinte, noventa e nove ovelhas.
Que fez, então, o bondoso pastor?
Deixou as noventa e nove ovelhinhas bem guar­dadas no redil e partiu em busca da ovelhinha des­garrada.
Andou muito o pobre pastor. Procurou-a pelas pastagens próximas e não a encontrou... Andou, andou muito... Subiu montes e vadeou riachos... Só no dia seguinte, encontrou a pobre ovelhinha dei­tada, perto de uma colina, machucada pelos espinhos por ter atravessado uma sebe. Já estava sem forças, sedenta e quase morta!...
Como estava arrependida do que fizera! Com que alegria recebeu o pastor amigo que chegava para salvá-la!
O pastor deu-lhe água, pensou-lhe as feridas, acariciou-a, conversou com ela... Colocou-a depois nos seus braços, acomodando-a bem em seu ombro. E voltou feliz, muito feliz, com sua ovelhinha.
Chegando a casa, chamou seus vizinhos e ami­gos e disse-lhes:
Alegrem-se comigo, meus amigos, porque já achei a minha ovelhinha que se havia perdido.
Assim também — diz Jesus no Evangelho — haverá mais alegria no Céu por um pecador que se arrepende do que pelo bom comportamento de noven­ta e nove justos.

*
Também esta parábola, filhinho, como a do Fi­lho Pródigo, quer mostrar a você a Infinita Bondade do Céu para com as nossas almas.
A Parábola da Ovelha Desgarrada nos mostra os cuidados que Jesus tem conosco. Tudo Ele fez outrora, quando viveu neste mundo, e tudo ainda faz hoje, da Eternidade, para chamar as almas peca­doras ao arrependimento. Jesus é Bom Pastor. Ele deu Sua vida por nós, que somos Suas ovelhinhas.
A Parábola nos mostra que, longe do Divino Pastor, nós só podemos encontrar sofrimento, peri­gos, miséria e morte.
Mas, se nos arrependermos de nossas faltas, não só daremos alegria ao nosso Bom Pastor — JESUS como também todo o Céu, todos os nossos Amigos
e Benfeitores Espirituais se alegrarão imensamente.
Haverá “alegria no Céu”, disse o Senhor.
Não queremos dar contentamento a Quem tudo sofreu pela nossa felicidade?
Não queremos dar alegria no Céu aos nossos Benfeitores Queridos que nos protegem e nos ensi­nam o Bem?
Que o seu coração, meu filho, também se arre­penda de suas faltas, mesmo pequeninas, para dar hoje, HOJE MESMO, uma grande alegria ao nosso Bom Pastor, que do Céu vela por nós e nos espera um dia no Seu Reino.






Clóvis Tavares