20 de nov. de 2009

Velho Valente

“As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder.” (Saramago)

Eu gosto quando um homem velho não perde a fibra, não se verga ao peso dos anos, não abandona suas convicções, não se vende e não trai os que acreditaram nele.

Um homem velho valente é algo raro e digno de admiração.

Há muito tempo queria registrar minha admiração pela valentia do José Saramago, que não cedeu ao tempo e mantem firme a convicção de que o mundo precisa mais  de verdade que de cinismo.

Tenho certeza que meu Cristo está orgulhoso dele.


 

 

‘As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas’, conclamou o ganhador do Nobel de 98

ROMA - O escritor português e Nobel de Literatura (1998) José Saramago chamou o papa Bento XVI de “cínico” e disse que a “insolência reacionária” da Igreja precisa ser combatida com a “insolência da inteligência viva”.
“Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual desta pessoa”, disse Saramago em um colóquio com o filósofo italiano Paolo Flores D’Arcais, que hoje lança Il Fatto Quotidiano.
Saramago, por sua vez, encontra-se na capital italiana para divulgar o livro O Caderno e se reunir com amigos italianos, como a vencedora do Nobel de Medicina Rita Levi Montalcini (1986).
No colóquio com Flores D’Arcais, Saramago afirmou que sempre foi um ateu “tranquilo”, mas que agora está mudando de ideia.
“As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só têm interesse no poder”, afirmou.
Segundo Saramago, a Igreja não se importa com o destino das almas e sempre buscou o controle de seus corpos.
Perguntado se o pouco compromisso dos escritores e intelectuais poderia ser uma das causas da crise da democracia, o escritor disse que sim. Porém, disse que este não seria o único motivo, já que toda a sociedade encontra-se nesta condição, o que provoca uma crise de autoridade, da família, dos costumes, uma crise moral em geral.
Saramago destacou que o fascismo está crescendo na Europa e mostrou-se convencido de que, nos próximos anos, ele “atacará com força”. Por isso, ressaltou, “temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão alimentando”.
A visita de Saramago a Roma acontece a um dia do lançamento do seu mais novo livro Caim, no qual volta a tratar da religião.
Fonte: Estadão



Eu li no http://life.conectecon.com.br/?p=528


Mas se pode ler no Inconsciente Coletivo, embora não exista inconsciente, porra nenhuma!!!