Para o pequeno André Filipe
Já em ti se repete, pequeno sonho,
o ritmo antigo do dia e da noite
e das horas que vêm preencher
a urna esquecida.
Não caminhas ainda
e já teus braços anseiam
enquanto no espaço profundo
-que espraias com olhos de sono-
o tempo se devora a si mesmo.
E tens sobre ti
o céu
para admirar mil vezes
e a pergunta sem fim do Quando.
Dos teus lábios,
prontos para o dia,
se entreabrem azuis
o doce e grave balbucio
e teu sorriso
adoça a tarde distante.
Fonte de todo espanto,
este céu te acompanha.
E, porque te viu nascer,
tu o verás renascer
a cada novo dia
e tentarás galgá-lo
sempre que tuas mãos
se agitarem na sombra.
O ser que és, nuvem ou sonho,
flutua no ar como um girassol.
E da distância que nos aguarda,
ouve:
contemplarás esse azul sem termo
e o terás para sempre.
Já em ti se repete, pequeno sonho,
o ritmo antigo do dia e da noite
e das horas que vêm preencher
a urna esquecida.
Não caminhas ainda
e já teus braços anseiam
enquanto no espaço profundo
-que espraias com olhos de sono-
o tempo se devora a si mesmo.
E tens sobre ti
o céu
para admirar mil vezes
e a pergunta sem fim do Quando.
Dos teus lábios,
prontos para o dia,
se entreabrem azuis
o doce e grave balbucio
e teu sorriso
adoça a tarde distante.
Fonte de todo espanto,
este céu te acompanha.
E, porque te viu nascer,
tu o verás renascer
a cada novo dia
e tentarás galgá-lo
sempre que tuas mãos
se agitarem na sombra.
O ser que és, nuvem ou sonho,
flutua no ar como um girassol.
E da distância que nos aguarda,
ouve:
contemplarás esse azul sem termo
e o terás para sempre.
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